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domingo, 27 de febrero de 2011

Revolução Árabe: Guerra Civil na Líbia e o povo nas ruas em vários países

A Revolução Árabe de 2011 se iniciou na Tunísia, às margens do Mediterrâneo, onde outrora foi Cartago.

O levante das massas tunisianas, vitorioso, se espalhou como uma onda entre os árabes, atingindo primeiro o Egito, onde outra vitória das massas fez tremer todo o mundo árabe.

Em cada país e região a onda tem efeitos específicos, dadas as diferentes conjunturas.

Até agora, a onda revolucionária tem um caráter árabe, não tendo atingido, apesar dos esforços de diversas forças e serviços de inteligência, nem mesmo a Turquia e o Irã, que são muçulmanos, aprendem o al Corão em árabe, mas não são árabes.

Mas a Revolução Árabe acabou de começar, e certamente produzirá uma onda que fará tremer o mundo, como é comum fazerem todas as revoluções.

Em cada região os governos árabes estão tomando medidas extremas para prevenir levantes, e em diversos países as medidas não têm sido suficientes. Mesmo a Autoridade Palestina, com o país ocupado pelos sionistas e beneficiária direta da Revolução que cercou Israel, está tendo que tomar medidas para acalmar os ânimos populares.

Os olhos todos se voltam para a Arábia Saudita, onde o Rei que já estava aposentado e tinha entregue o governo ao seu sucessor teve que voltar a aparecer e distribuir dádivas entre o povo, criando uma milionária "Bolsa Família". Quando a Revolução chegar à Arábia Saudita o preço do barril de petróleo duplicará, pois trata-se do principal exportador e do país que tem garantido ao mundo, contra a opinião de vários estudiosos, que não faltará petróleo.

Em um país somente o movimento revolucionário se tornou uma guerra civil, a Líbia que ainda corre o perigo de uma tacanha invasão estrangeira. Por que só na Líbia? Seria o ditador líbio mais ditador que os outros? Qual a diferença? Acontece que ao contrário de quase todas as ditaduras árabes, a Líbia não é submissa aos EUA e seus aliados.

Então, enquanto no Egito, na Tunísia, na Arábia etc. os serviços de inteligência imperialistas promovem a violência "instruindo" as forças de repressão, na Líbia promoveram a violência por parte dos rebeldes. No resto do mundo árabe, onde as manifestações não são "ajudadas" pelo império, são pacíficas.

Pior ainda, prepara-se a invasão estrangeira, ou seja, os líbios correm o risco de perderem sua revolução para tropas da OTAN. Gadhafi, que parece disposto a resistir tanto aos rebeldes quanto aos ocidentais, poderia salvar a Líbia da invasão estrangeira, mas não nos parece que é dando a sua vida que fará isso.

Quando as tropas estadunidenses conseguirem entrar na Líbia, dê o Coronel a sua vida ou não, elas fincarão pé no país. Um comandante tem que saber recuar. Gadhafi precisa saber como salvar a Líbia da invasão estrangeira e ao mesmo tempo fortalecer a Revolução Árabe, e nos parece que isso exige um recuo muito bem feito, mas estamos longe e mal informados.

Fuente: São João del Pueblo /PrensaPopularSolidaria
http://prensapopular-comunistasmiranda.blogspot.com/
Correo: pcvmirandasrp@gmail.com

CONMEMORACIÓN DEL XXXV ANIVERSARIO DE LA PROCLAMACIÓN DE LA REPÚBLICA ÁRABE SAHARAUÍ DEMOCRÁTICA

Secretaría de Movimientos Sociales del PCE / 27 feb 11

27 febrero 1976 – 27 febrero 2011


Queremos felicitar al pueblo saharaui en la celebración del XXXV aniversario de la proclamación de la República Árabe Saharaui Democrática, deseándole las mejores aspiraciones de felicidad y justicia en este día tan señalado, en el que se conmemora su derecho inalienable a la libertad, el ejercicio de su soberanía y la integridad de su territorio nacional, en base al ejercicio de su libre voluntad popular.

La proclamación de la República Árabe Saharaui Democrática el 27 de febrero de 1976, un día después de que la bandera española fuera arriada del Sáhara Occidental y España pusiera fin a su presencia colonial de casi un siglo, y ante el vacío jurídico causado por el abandono de la metrópoli, se realizó en en Bir Lehlú. En ese momento se constituyó el Estado saharaui, siendo reconocido por numerosos países que dieron la bienvenida a un nuevo Estado, creado con fuertes cimientos democráticos. En la actualidad son más de ochenta los países, de los cinco continentes, que reconocen de pleno derecho a la República Saharaui.

35 años después de aquel abandono vergonzoso, queremos recordar que la responsabilidad del Estado español sigue estando vigente y que ésta no terminará hasta que el pueblo saharaui pueda decidir libremente su futuro en un referéndum libre y justo. Por lo que pedimos a nuestros gobernantes que apuesten, claramente y sin ambigüedades, por la legalidad internacional y por la justicia, exigiendo a su "amigo" marroquí que rectifique y garantice el efectivo y genuino derecho a la autodeterminación en el Sáhara Occidental a través del ansiado referéndum.

Por otra parte, la Unión Europea debe dejar de adjudicarle a Marruecos el papel de aliado preferente o guardián y garante de los intereses del mundo desarrollado en el marco del Magreb, pues ni esa visión corresponde ya a un análisis político verdaderamente actual, ni facilita la resolución de los múltiples problemas que afectan a la estabilidad de la región e impiden el desarrollo de su verdadero potencial. Mientras tanto, el Gobierno marroquí no ha cedido un ápice en su política de flagrante violación de los Derechos Humanos y represión permanente de la población civil indefensa, y expolio de sus riquezas naturales.

La Coordinadora Estatal de Asociaciones Solidarias con el Sáhara, CEAS-Sáhara, junto a los amigos y amigas del pueblo saharaui, exigimos a la ONU que asuma plenamente las responsabilidades que tiene en este largo conflicto, y exija a Marruecos el cumplimiento de sus más de cincuenta resoluciones que reconocen el derecho del pueblo saharaui a la autodeterminación e independencia.

Mientras llega el ansiado momento de que se imparta justicia al Pueblo saharaui, continuaremos sin desmayo con nuestra amistad y solidaridad con un pueblo que está demostrando al mundo, con muchas dificultades e inmensa dignidad, que la R.A.S.D. es un Estado soberano, justo y democrático.

Coordinadora Estatal de Asociaciones Solidarias con el Sáhara (CEAS-Sáhara)

Madrid, 27 de febrero de 2011

Fuente: Página del Partido Comunista de Venezuela_PCE/PrensaPopularSolidaria