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martes, 30 de diciembre de 2008

Gaza: "O mais brutal banho de sangue desde 1967"

Os bombardeamentos das tropas israelitas sobre Gaza já causaram a morte de mais de 364 palestinianos, segundo os serviços de saúde do território. Destes, pelo menos 62 eram mulheres e crianças, segundo a agência da ONU para os refugiados.

O número de feridos ultrapassa os 1.400. "É o mais brutal banho de sangue desde 1967", denuncia o deputado palestiniano Mustafa Barghouthi, da Iniciativa Nacional Palestiniana.

A ofensiva aérea israelita está apenas na primeira fase, entre várias já decididas, afirmou o primeiro-ministro Ehud Olmert, deixando no ar a ameaça de uma invasão terrestre das tropas israelitas. O secretário-geral da ONU, Ban Ki-moon, pediu o cessar imediato da violência e criticou o "excessivo uso de força em Gaza". Um navio de guerra israelita atacou a embarcação Dignity que levava 16 activistas e material médico doado por organizações cipriotas e queria chegar ao porto de Gaza.

"Israel não tem interesse, neste estágio, num cessar-fogo com o Hamas na Faixa de Gaza", disse o ministro das Infra-estruturas de Israel, Ben Eliezer, citado pela agência France Presse. "Um cessar-fogo permitiria ao Hamas ganhar forças, reganhar o ânimo e preparar um ataque mais forte contra Israel". Já o vice-ministro da Defesa, Matan Vilnai, declarou que Israel está pronto "para semanas de combate".

Faltam seis semanas para as eleições legislativas de Israel. As sondagens apontam para uma possível vitória do partido Likud, de Benjamin Netanyahu, que derrotaria os trabalhistas do actual ministro da Defesa, Ehud Barak, e a ministra dos Negócios Estrangeiros Tzipi Livni, do partido Kadima, do actual primeiro-ministro Ehud Olmert.

Nas primeiras horas desta terça-feira, forças aéreas e navais israelitas atacaram alvos em Gaza, entre eles edifícios do governo do território, uma base naval, instalações das milícias armadas a leste de Al-Zeitun, e até a residência de um dos líderes das Brigadas Al-Qassam. Aviões israelitas não cessaram os bombardeamentos durante toda a noite, e grande parte da população sofre com os cortes de electricidade e a escassez de alimentos.

Os ataques israelitas não estão a conseguir porém impedir a resposta das forças palestinianas de Gaza, que continuam a lançar foguetes na direcção de cidades de Israel, com alcance cada vez maior. Um deles atingiu a cidade de Ashdod, a cerca de 35 quilómetros de Gaza, matando uma pessoa e ferindo duas.

Fuente: Página Esquerda...de Portugal

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