A Revolução Árabe de 2011 se iniciou na Tunísia, às margens do Mediterrâneo, onde outrora foi Cartago.
O levante das massas tunisianas, vitorioso, se espalhou como uma onda entre os árabes, atingindo primeiro o Egito, onde outra vitória das massas fez tremer todo o mundo árabe.
Em cada país e região a onda tem efeitos específicos, dadas as diferentes conjunturas.
Até agora, a onda revolucionária tem um caráter árabe, não tendo atingido, apesar dos esforços de diversas forças e serviços de inteligência, nem mesmo a Turquia e o Irã, que são muçulmanos, aprendem o al Corão em árabe, mas não são árabes.
Mas a Revolução Árabe acabou de começar, e certamente produzirá uma onda que fará tremer o mundo, como é comum fazerem todas as revoluções.
Em cada região os governos árabes estão tomando medidas extremas para prevenir levantes, e em diversos países as medidas não têm sido suficientes. Mesmo a Autoridade Palestina, com o país ocupado pelos sionistas e beneficiária direta da Revolução que cercou Israel, está tendo que tomar medidas para acalmar os ânimos populares.
Os olhos todos se voltam para a Arábia Saudita, onde o Rei que já estava aposentado e tinha entregue o governo ao seu sucessor teve que voltar a aparecer e distribuir dádivas entre o povo, criando uma milionária "Bolsa Família". Quando a Revolução chegar à Arábia Saudita o preço do barril de petróleo duplicará, pois trata-se do principal exportador e do país que tem garantido ao mundo, contra a opinião de vários estudiosos, que não faltará petróleo.
Em um país somente o movimento revolucionário se tornou uma guerra civil, a Líbia que ainda corre o perigo de uma tacanha invasão estrangeira. Por que só na Líbia? Seria o ditador líbio mais ditador que os outros? Qual a diferença? Acontece que ao contrário de quase todas as ditaduras árabes, a Líbia não é submissa aos EUA e seus aliados.
Então, enquanto no Egito, na Tunísia, na Arábia etc. os serviços de inteligência imperialistas promovem a violência "instruindo" as forças de repressão, na Líbia promoveram a violência por parte dos rebeldes. No resto do mundo árabe, onde as manifestações não são "ajudadas" pelo império, são pacíficas.
Pior ainda, prepara-se a invasão estrangeira, ou seja, os líbios correm o risco de perderem sua revolução para tropas da OTAN. Gadhafi, que parece disposto a resistir tanto aos rebeldes quanto aos ocidentais, poderia salvar a Líbia da invasão estrangeira, mas não nos parece que é dando a sua vida que fará isso.
Quando as tropas estadunidenses conseguirem entrar na Líbia, dê o Coronel a sua vida ou não, elas fincarão pé no país. Um comandante tem que saber recuar. Gadhafi precisa saber como salvar a Líbia da invasão estrangeira e ao mesmo tempo fortalecer a Revolução Árabe, e nos parece que isso exige um recuo muito bem feito, mas estamos longe e mal informados.
Fuente: São João del Pueblo /PrensaPopularSolidaria
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Encuentro de Partidos Comunistas de América Latina
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*Importante y trascendental iniciativa de los comunistas peruanos*
*Artículo de El Comunista, edición de Mayo)*
*Organizado por el Partido Comunista Peruan...
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1 comentario:
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