Eis o
melhor que o capitalismo pode fazer, depois de 12 anos em que mesmo a oposição
de direita diz que estamos crescendo, e quando toda a mídia capitalista tem o
descaramento de falar de “pleno emprego”, na verdade só temos 50 milhões de
empregos. Crescer para esse povo do Partido Português é demorar 4 anos para
aumentar os empregos em 10%.
O índice de desemprego dessa gente, sejam tucanos
ou petistas, é na verdade o índice de pessoas que todo mês vão ao SINE atrás de
emprego, ou seja, é o índice dos desesperados, porque todo mundo sabe que o
SINE quase nunca arranja nada. Que 6% de um povo esteja desesperado ao ponto de
ir todo mês ao SINE não é um índice baixo.
Ainda sobram 46 mil, que não podem ser todos crianças, idosos e donas de casa. Essa é a situação que as forças que na verdade são agentes do estrangeiro, o Partido Português, dizem que é de “pleno emprego”, que é resultado de 12 anos de bonança, e que levaram um assessor de um dos candidatos a presidência da República a dizer que o salário está muito alto.
Pode-se
compreender que portanto, se as coisas continuarem “bem”, a atual política
econômica tucano-petista nos levará no máximo a 55 milhões de empregos nos
próximos 4 anos, mas se forem mal... Ora, é a confissão do fracasso! É óbvio
que, com 200 milhões de habitantes, precisávamos de 100 milhões de empregos no
mínimo, e isso ainda não nos levaria ao pleno emprego.
Na
realidade, mesmo que a economia mundial voltasse a fluir bem, o que não parece
que vai acontecer, muito pelo contrário, ainda assim o Brasil não poderia
continuar crescendo nem mesmo no ritmo medíocre da era petista (que já foi
melhor em crescimento que a era tucana, de decrescimento), porque simplesmente
o país não tem a necessária infraestrutura.
No atual momento, ano de eleições,
o governo está comprando de volta as cotas de energia elétrica de uma série de
indústrias, gerando queda da produção e desemprego, porque a capacidade de
produção de energia está tão próxima do consumo, que a seca faz o Brasil
precisar escolher entre ter apagões ou diminuir a produção.
Mas não falta só
energia, faltam ferrovias quase por completo (foram reduzidas pelo período
militar), faltam hidrovias também quase por completo, as estradas são na
verdade picadas horrorosas, assassinas e geradoras de enorme prejuízo, faltam
portos, falta especialização da mão-de-obra etc. Só não faltam impostos!
Assim como
é incapaz de duplicar os empregos, o setor privado da economia é incapaz de
criar por si só a infraestrutura necessária ao país. Os idólatras do mercado
estão tentando fazê-lo funcionar desde que se livraram dos militares, mas o
mercado é só isso ai que estamos vendo, não faz as mágicas que os crentes
liberais esperam.
Como se pode observar pelos discursos e pelos primeiros anos de
governo, os militares a princípio também acreditavam na magia do mercado, mas depois
tiveram que aceitar que ou bem criariam um grande parque de indústrias estatais
ou nunca conseguiriam construir tanques e aeronaves no Brasil, assim como nunca
teriam energia elétrica sequer para permitir que o mercado funcione.
Por isso os
militares foram pragmáticos, abriram mão da fracassada fé liberal e começaram a
criar uma grande estatal para cada setor estratégico da economia, motivo pelo qual
acabaram perdendo o apoio do Partido Português. De volta ao controle do Estado
os recolonizadores entregaram tudo ao mercado, desde dinheiro vivo aos montes,
como o fazem periodicamente, como empresas, setores da economia etc., e o
resultado é que o país está até se desindustrializando.
Governo e
oposição de direita mentem sobre o crescimento do país, tendo a cara-de-pau de
comemorarem índices como 4% de crescimento ao ano. Outra vez, é a confissão do
fracasso. Para o Brasil, crescer 4% e nada é a mesma coisa. O resultado é que a
mídia e os políticos que ela protege vão perdendo cada vez mais credibilidade,
pois dizem que a economia vai bem enquanto todo mundo vê o número de mendigos
crescendo debaixo das pontes, assim como a criminalidade, e mesmo pessoas
empregadas as vezes são obrigadas a recorrerem ao crime para complementar a
renda.
Naturalmente, para que o Estado retome seu papel na economia, abandonado desde a crise de 1973, será necessário um novo regime político, mas isso é outro assunto.
Fuente:São João del Pueblo/PrensaPopularSolidaria
http://prensapopular-comunistasmiranda.blogspot.com
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